Hoje à noite fiz uma pequena entrevista por telefone com Roberta Sá. Ela está em Natal, onde fará show amanhã, antes de vir a Recife.
A internet há muito tem se mostrado um dos meios mais eficientes para a divulgação de artistas, principalmente iniciantes ou independentes, muitas vezes em trocas de arquivos entre os próprios fãs, levando muitos a adquirirem o material original do artista. Como você vê essa ferramenta? Ela tem mais ajudado ou prejudicado sua carreira?
Roberta – Ela ajuda. Não prejudica de forma alguma!
O Brasil, definitivamente é o país das cantoras e você tem se revelado uma das mais completas cantoras, sabendo escolher com maestria o repertório e arranjos, além de ter uma voz encantadora. Como você encara as inevitáveis comparações a cantoras já consagradas como Marisa Monte ou Gal Costa?
Roberta – São todas cantoras ótimas! Acho ótimo, pois são cantoras maravilhosas. Não tenho o menor problema com essa questão.
Já li que você acompanha, mesmo que de longe as discussões sobre a sua carreira através de comunidades online. Normalmente são discussões de certa forma sérias. Elas a influenciam de alguma forma?
Roberta – Eu vejo muito pouco. Sendo sincera, acho até graça às vezes. Hoje em dia eu vejo menos, já vi mais, já acompanhei. Mas hoje em dia eu vejo pouco e-mail, vejo pouco internet, vou muito pouco a esse tipo de ferramenta. A minha comunidade do Orkut, por exemplo, nem é mais sobre mim, eu acho. É sobre um grupo de pessoas que se reúnem pra falar sobre música e eu fico super orgulhosa. Deixo lá pra eles.
Podemos dizer que você faz parte de uma nova geração de cantoras que buscam a inovação, mesclando o tradicional com o contemporâneo, mas sem deixar aquele saudosismo “chato” prevalecer. Por exemplo, as gravações de “Interessa?” e “Alô, Fevereiro” soam bastante atuais, ao passo que “Janeiros” lembra um samba mais antigo. Como é feita a escolha do seu repertório? Através do que você costuma ouvir ou indicações de colegas?
Roberta – A escolha é feita de todas as maneiras. Pode surgir de uma conversa, pode surgir de um disco que eu ouvi, um disco que eu ganhei, ou alguém sabe que eu estou gostando de ouvir alguma coisa e me dá de presente um disco que tenha uma música que gosto. Isso não tem regra.
Como você se sentiu, sendo uma cantora iniciante e tendo em seu disco comercial de estréia participações mais do que especiais de Ney Matogrosso, MPB-4 e de Pedro Luís e A Parede?
Roberta – Fiquei muito emocionada, claro! É um aval. E ainda mais pra uma cantora que está começando, sem dúvida nenhuma é uma “carta de recomendação”(risos). Fiquei muito contente, fora a emoção mesmo, não é? Porque é emocionante estar ali, cantar comigo, como era o Ney, como é o Ney, então foi maravilhoso!
Você imaginou tornar-se uma cantora de tão grande importância e participar de tantos projetos especiais e importantes da música brasileira como a trilha do filme Zuzu Angel, o Forró Pras Crianças, Samba Novo, Samba Meets Boogie-Woogie, DVDs do MPB-4 e Boca Livre, etc?
Roberta – Na verdade, eu vou fazendo o meu trabalho e não paro para pensar se eu sou importante, se eu não sou importante. Na verdade isso não é importante (risos)! O importante é simplesmente realizar um trabalho bem feito. Claro que eu fico sempre muito emocionada e lisonjeada com esses convites e com essas participações; me acrescentam muito, eu aprendo à beça. É maravilhoso sempre.
Qual a sua relação com o estado de Pernambuco e seus músicos? Aparentemente você gosta bastante de nossa terra, já que passou dois carnavais aqui (pelo menos em público) além de já ter gravado músicas de Lula Queiroga, Junio Barreto e contar com a participação de Lenine, tanto no disco quanto no Prêmio TIM 2007.
Roberta – Adoro (Pernambuco). Eu adoro os compositores daí, gravo, fui fazer show aí no carnaval. Adorei! É um estado que é irmão do meu, vizinho do meu... A comida, tudo! É muito fácil de estar aí, me sinto muito em casa e tive a sorte de conhecer esses músicos, compositores maravilhosos e quero gravá-los por muito, muito tempo.
O show da próxima quinta-feira (08/05/2008) será o seu primeiro grande show no Recife, ou seja, exclusivamente seu. O público está bastante ansioso. Qual a sua expectativa para ele?
Roberta – Estou muito contente, porque, como te falei, fui no carnaval e adorei! O público estava demais. Fiquei super emocionada, todo mundo cantando tudo, esse encontro... E sendo a primeira vez, o primeiro show que é só meu, num teatro, um lugar fechado... A expectativa é a melhor possível. Acho que vai ser lindo! Acho que vai ser maravilhoso encontrar com um público que já é tão querido.
7 comentários:
Gussss!!!
Eu sabia que você ia conseguir!! =)
E também já havia falado que as perguntas foram ótimas!
Só tem mesmo!!
Não esqueça que você prometeu nos levar ao camarim, viu?!?!
Agora diz pra gente: Tus entisse o que quando falava com ela, hein?!?!
Gaguejasse? Fizesse naturalmente as perguntas? Conta aí pra gente!
Bjosss, meu Presidente!
=*********
Prometi? Tô com essa bola toda, é? Calma, minha gente! Eu a conheço tanto quanto vocês. Só entrei em contato com a produção e consegui essa entrevistazinha... Vamos todos tentar falar com ela amanhã!
Legal a entrevista!
Engraçado ela falando da comunidade no orkut, quando encontramos com ela no show daqui de Salvador eu e + alguns amigos dissemos que estavamos com vontade de criar a comu Roberta Sá Salvador, ela achou legal, no show inclusive, ela chamou a gente pra dançar na frente do palco, simpática pra caramba...
Eu realmente achava que ela acompanhava mais, até soube de uma lenda que ela escrevia em algum blog, algo mais particular, acho que não era muito aberto, se não me engano que tinha o nome de Folhinha, sei lá, as pessoas tb falam muito, rs...
Sem dúvida nas comunidades hj em dia, a nacional, outras, e com certeza nossa fala-se mt de música brasileira, e isso é maravilhoso, eu conheci muita coisa boa a partir disso tudo.
Espero que o show tenha sido ótimo.
Abraços, espero contribuir com algo em breve.
:)
Ela também chamou o público para dançar junto ao palco. Na hora de receber a platéia a produção chamava de pequenos grupos, no máximo de quatro pessoas. Mas nós, da "Família Sá" Recife entramos num grupo enoorme! Umas 15 pessoas. Foi a maior farra junto com ela e Fernanda, sua produtora. Muito, muito bom mesmo!
ahahahahahahahaa
que massa, é a cara dela!
Bom pra vocês!
Familia Sá Recife, adorei, depois vou procurar.
:)
Mas esta família é muito bonita, Gus!!
Eu acho até que a foto dela merece um post no teu blog!
"Essa família é muito unida, e também muito agitada"
=****
Quando eu digo que ele tem que montar uma revista (ou pelo menos uma coluna) de crítica musical, ninguém acredita, né?
Penseiro! Estou orgulhosa da maneira como vc conduziu a entrevista e dominou bem. Adoreeeei!
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